O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou manifestações contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, previstas para o dia 16 de março em diversas cidades do Brasil. O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado nesta segunda-feira, em suas redes sociais. Bolsonaro declarou que estará presente no ato que acontecerá em Copacabana, no Rio de Janeiro, acompanhado do pastor Silas Malafaia e outras lideranças políticas e religiosas.
Segundo Bolsonaro, as manifestações terão como principais pautas a defesa da liberdade de expressão, a segurança pública, a redução do custo de vida, além dos slogans "Fora Lula 2026" e "Anistia já". Ele também incentivou seus seguidores a procurarem organizações locais para obter mais informações sobre os eventos planejados em suas cidades. O ex-presidente vem adotando um tom mais combativo em seus discursos e tem reforçado suas críticas à atual gestão petista.
A mobilização já repercute no cenário internacional e tem sido amplamente discutida nas redes sociais. Na última sexta-feira, o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma X, antiga Twitter, interagiu com uma publicação do empresário Mario Nawfal, fundador do IBC Group. O post mencionava a crescente insatisfação popular com o governo Lula, destacando que atos estavam sendo organizados em pelo menos 120 cidades brasileiras. A publicação também fazia referência a pedidos de impeachment contra o presidente e críticas à condução da economia. Musk, que já demonstrou interesse em debates políticos e liberdade de expressão, reagiu ao post com um simples “wow”, o que gerou grande repercussão entre seus seguidores.
Os atos convocados por Bolsonaro acontecem em um momento de polarização política no Brasil. Desde que deixou a presidência, o ex-mandatário enfrenta investigações e processos que podem impactar seu futuro político. Além disso, sua base de apoio se mantém ativa, e seus aliados políticos continuam a defender sua inocência e a reivindicar mudanças na condução do país. A presença de figuras como Silas Malafaia reforça o apoio do segmento evangélico, um dos principais grupos de sustentação política de Bolsonaro.
O atual governo, por sua vez, tem minimizado as críticas e afirmado que o país passa por um momento de reconstrução econômica e social após os desafios enfrentados nos últimos anos. O presidente Lula tem buscado reforçar sua base de apoio e argumenta que as políticas implementadas por sua gestão têm como objetivo reverter desigualdades e fortalecer setores estratégicos. No entanto, setores da oposição acusam o governo de interferir em liberdades individuais e de promover medidas que impactam negativamente a economia.
A convocação de Bolsonaro para as manifestações também levanta discussões sobre o impacto desses atos na estabilidade política do país. O Brasil tem um histórico recente de protestos de grande porte que marcaram o cenário político nacional, como as manifestações de 2013 e os atos a favor e contra o impeachment de Dilma Rousseff em 2016. A nova mobilização pode representar um termômetro do atual descontentamento popular e da capacidade de Bolsonaro em mobilizar apoiadores, mesmo fora do cargo de presidente.
A segurança pública será um dos desafios para as autoridades locais, especialmente nas cidades onde as manifestações prometem reunir um grande número de pessoas. O governo federal e as forças de segurança acompanham de perto a organização dos atos para evitar possíveis confrontos ou tumultos. Em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, os governos estaduais já monitoram as movimentações e reforçam medidas de segurança para garantir a ordem durante os protestos.
A presença de Bolsonaro em Copacabana deve atrair milhares de pessoas, especialmente considerando seu histórico de popularidade no estado do Rio de Janeiro. Os organizadores esperam que o evento na cidade seja um dos maiores do país. Figuras políticas da oposição ao governo Lula também devem marcar presença em outros atos pelo Brasil, o que pode dar ainda mais força ao movimento.
Com a crescente repercussão nas redes sociais e o apoio de nomes influentes no cenário internacional, a manifestação de 16 de março promete ser um dos principais eventos políticos do ano. O desenrolar dessas mobilizações pode ter consequências significativas para o cenário político nacional e para os rumos da oposição ao governo atual.