Nos Estados Unidos, uma revelação preocupante feita pelo estrategista político Steve Bannon tem gerado grande repercussão. Figura central na ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e um dos mais influentes ideólogos da direita americana, Bannon fez um alerta sobre os riscos que cercam o ex-presidente Jair Bolsonaro caso ele seja preso no Brasil.
A declaração foi divulgada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que tem realizado diversas reuniões e contatos com políticos próximos a Trump. Em uma publicação nas redes sociais nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, Eduardo compartilhou a fala de Bannon, que ocorreu durante a CPAC (Conservative Political Action Conference), um dos maiores eventos da direita global.
“No CPAC, Steve Bannon alerta que se for preso, Jair Bolsonaro será assassinado na cadeia”, escreveu Eduardo Bolsonaro em sua postagem.
A afirmação do estrategista americano acendeu um alerta entre apoiadores do ex-presidente brasileiro. Segundo Bannon, há uma trama em curso para neutralizar Bolsonaro, que segue como uma das principais lideranças conservadoras do Brasil e mantém grande apoio popular. A declaração não foi feita ao acaso. Nos bastidores da política internacional, há um entendimento de que o sistema que governa o Brasil não hesitaria em adotar medidas extremas contra seus adversários políticos.
Nos últimos anos, o Brasil tem passado por intensas turbulências políticas, com episódios controversos envolvendo lideranças conservadoras. O próprio Bolsonaro, desde que deixou a presidência, tem sido alvo de diversas investigações e processos que seus aliados classificam como perseguição política. A fala de Bannon reflete o temor de que qualquer eventual prisão do ex-presidente possa resultar em consequências irreversíveis.
A declaração também lança luz sobre o que muitos enxergam como um padrão de ação contra figuras da direita. Em diversas partes do mundo, lideranças conservadoras enfrentam obstáculos jurídicos que, segundo seus apoiadores, visam apenas enfraquecê-los politicamente. No Brasil, esse tipo de embate ficou evidente nos últimos anos, com decisões judiciais polêmicas e prisões de aliados de Bolsonaro, muitas delas vistas como arbitrariedades.
O alerta de Bannon reforça uma preocupação crescente entre conservadores, que apontam para o que chamam de um “sistema cruel”, no qual opositores políticos são alvo de perseguições e retaliações. Esse temor não é recente. Desde a ascensão da direita no Brasil, com a eleição de Bolsonaro em 2018, grupos alinhados à esquerda e ao establishment político tradicional têm tentado, segundo seus apoiadores, minar sua influência e impedir sua volta ao poder.
A possibilidade de prisão de Bolsonaro tem sido discutida nos bastidores da política brasileira, principalmente após investigações sobre sua atuação durante o mandato e supostas irregularidades cometidas por sua equipe. Embora seus advogados e aliados afirmem que não há fundamentos sólidos para uma eventual condenação, a movimentação de setores do Judiciário e da oposição reforça os receios de que a prisão possa ser usada como instrumento para tirá-lo do jogo político.
A repercussão da fala de Bannon foi imediata. Grupos conservadores e aliados do ex-presidente passaram a reforçar nas redes sociais a necessidade de proteger Bolsonaro contra o que consideram uma ameaça real e iminente. Além disso, Eduardo Bolsonaro e outros políticos alinhados ao ex-presidente intensificaram contatos internacionais para alertar a comunidade conservadora global sobre os riscos que Bolsonaro enfrenta.
Nos Estados Unidos, a ligação entre o bolsonarismo e o trumpismo se mantém forte. Bannon, que foi um dos principais articuladores da campanha de Trump em 2016, tem defendido abertamente Bolsonaro como um dos grandes líderes da direita mundial. A relação entre os dois grupos políticos se estreitou nos últimos anos, e muitos veem Bolsonaro como uma peça-chave na resistência contra o avanço da esquerda na América Latina.
A denúncia feita por Bannon coloca ainda mais pressão sobre o cenário político brasileiro. A possibilidade de um embate jurídico prolongado envolvendo Bolsonaro, somada a um eventual desdobramento drástico como uma prisão, pode gerar instabilidade e acirrar os ânimos no país. Para os apoiadores do ex-presidente, o alerta feito pelo estrategista americano não pode ser ignorado e deve servir como um chamado à mobilização para evitar que o pior aconteça.
Diante desse cenário, a oposição a Bolsonaro se mantém firme, enquanto seus aliados reforçam a narrativa de perseguição. O desfecho dessa situação permanece incerto, mas uma coisa é clara: qualquer movimentação contra o ex-presidente terá repercussões não apenas no Brasil, mas também no cenário político internacional, onde figuras como Steve Bannon acompanham atentamente cada passo desse embate.