O deputado federal Marcel Van Hattem fez duras críticas ao governo Lula, destacando um aumento expressivo nos gastos públicos com diárias e passagens. Segundo dados divulgados pelo site Poder360, os valores destinados a essas despesas atingiram, em 2024, o maior patamar dos últimos dez anos, superando até mesmo os gastos registrados no governo Dilma Rousseff.
O parlamentar usou suas redes sociais para denunciar o que chamou de descontrole financeiro na administração federal. Ele destacou que, enquanto o país enfrenta desafios econômicos, o governo tem priorizado o aumento dos gastos em vez de buscar formas de conter as despesas e equilibrar as contas públicas. Em sua publicação, ele afirmou que o governo Lula está "gastando o que não pode e não deve", reforçando sua posição contrária à gestão atual.
O levantamento apontou que os custos com passagens e diárias, que haviam sido reduzidos durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, voltaram a crescer de maneira acelerada. Em 2014, sob a gestão de Dilma Rousseff, esses gastos alcançaram R$ 4,34 bilhões. Durante a pandemia, em 2020, esse número caiu para R$ 1,21 bilhão. Agora, no terceiro mandato de Lula, a despesa já atingiu R$ 3,58 bilhões em apenas um ano.
Para Van Hattem, uma das principais razões para esse aumento significativo é a expansão da máquina pública. Ele ressaltou que, enquanto no governo Bolsonaro o número de ministérios era de 23, no governo Lula esse número saltou para 38. Segundo o deputado, essa mudança tem um impacto direto nos gastos do governo, uma vez que mais ministérios significam mais cargos, mais viagens e mais diárias pagas com dinheiro público.
O parlamentar também criticou o que chamou de "velha prática do PT" de inchar a administração pública para favorecer aliados políticos. Segundo ele, a criação de novos ministérios serve para atender interesses partidários e acomodar apadrinhados, sem que haja uma real necessidade para tantas novas pastas.
Além do impacto financeiro, Van Hattem alertou sobre as consequências dessa política para a economia brasileira. Ele afirmou que o aumento dos gastos públicos pode resultar em um rombo ainda maior nas contas do governo, pressionando a inflação e prejudicando a imagem do Brasil no exterior. Ele também mencionou o programa Pé de Meia, que teria sido alvo de supostas "pedaladas fiscais", expressão usada para se referir a manobras contábeis que mascaram o verdadeiro estado das contas públicas.
Diante desse cenário, o deputado apresentou o que considera ser a única solução viável para evitar um colapso econômico: o impeachment de Lula. Ele argumentou que a irresponsabilidade fiscal do governo pode levar o país a uma crise semelhante à vivida no final do governo Dilma Rousseff, quando a ex-presidente sofreu um processo de impeachment por irregularidades fiscais.
A declaração do parlamentar gerou reações diversas no meio político. Enquanto opositores ao governo Lula concordam com a necessidade de frear os gastos públicos e investigam possíveis irregularidades na gestão das finanças, aliados do presidente argumentam que os investimentos são necessários para recuperar a economia e garantir programas sociais.
O tema também repercutiu nas redes sociais, onde usuários dividiram opiniões sobre o assunto. Muitos apoiaram a fala de Van Hattem, criticando o governo Lula e pedindo maior transparência na aplicação dos recursos públicos. Outros, no entanto, defenderam que o aumento dos ministérios foi necessário para fortalecer políticas públicas em áreas essenciais, como meio ambiente e direitos sociais.
Especialistas em economia também se manifestaram sobre o crescimento das despesas governamentais. Alguns apontaram que o aumento dos gastos pode ser preocupante se não houver um planejamento adequado para equilibrar as contas no longo prazo. Outros destacaram que é preciso analisar os investimentos feitos pelo governo para entender se os recursos estão sendo aplicados de maneira eficiente ou se há desperdício.
Independentemente das opiniões divergentes, o fato é que a questão dos gastos públicos deve continuar sendo um tema central nos debates políticos nos próximos meses. Com a oposição fortalecendo suas críticas e setores do governo defendendo suas políticas, o embate sobre a condução da economia brasileira promete se intensificar.
Enquanto isso, a população acompanha de perto os desdobramentos e espera por medidas que garantam maior responsabilidade na administração dos recursos públicos. O futuro econômico do país dependerá das decisões tomadas nos próximos anos e da capacidade do governo de equilibrar investimentos com austeridade fiscal.