Nova ação é proposta nos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes

Nova ação é proposta nos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes

Brasil Unido


 

Nova ação na Justiça dos EUA contesta decisão de Alexandre de Moraes

Empresas questionam bloqueio da Rumble no Brasil

Uma nova ação foi proposta na Justiça dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O processo foi protocolado no sábado (22) e contesta a decisão do magistrado, que na sexta-feira (21) determinou o bloqueio da plataforma de vídeos Rumble no Brasil.

A decisão também impôs uma multa diária de R$ 50 mil à empresa e exigiu que a Rumble nomeasse um representante legal no país. A determinação gerou forte reação de setores que defendem a liberdade de expressão e de grandes corporações que atuam no setor de tecnologia.

Empresas alegam violação da liberdade de expressão

A Rumble e a Trump Media & Technology Group (TMTG), proprietária da rede social Truth Social, solicitaram uma medida cautelar para suspender os efeitos da decisão de Moraes. Segundo as empresas, a ordem imposta pelo ministro brasileiro viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

Na ação, as companhias argumentam que, sem a concessão da liminar, sofrerão “danos irreparáveis”, incluindo restrições à liberdade de expressão, dificuldades operacionais e perda de confiança por parte dos usuários. As empresas sustentam que a decisão brasileira impõe censura e representa um risco ao funcionamento de plataformas digitais nos Estados Unidos.

Segunda ação contra Moraes na Justiça americana

Essa é a segunda vez que a Rumble e a TMTG entram com uma ação judicial contra Alexandre de Moraes nos Estados Unidos. No novo processo, as empresas argumentam que o magistrado brasileiro estaria infringindo a Constituição americana ao tentar impor suas decisões a serviços de tecnologia sediados nos EUA.

O documento apresentado à Justiça americana destaca que a censura imposta pelo Brasil não deve ter validade em solo norte-americano e que empresas estrangeiras não podem ser obrigadas a cumprir determinações judiciais que entrem em conflito com as leis dos EUA.

Pedidos apresentados na Justiça dos EUA

Na nova ação, as empresas fizeram três pedidos principais:

  • Declaração de que as ordens de Alexandre de Moraes não podem ser aplicadas nos Estados Unidos;
  • Proibição para que empresas como Apple e Google removam o aplicativo da Rumble de suas lojas virtuais devido a ordens do STF;
  • Proteção legal para que a Rumble e a TMTG não sejam obrigadas a cumprir determinações de censura impostas por governos estrangeiros.

A Justiça dos EUA ainda não se manifestou sobre o pedido das empresas. No entanto, especialistas jurídicos apontam que a questão pode gerar um embate entre os sistemas legais dos dois países e abrir um precedente para outros casos envolvendo redes sociais e liberdade de expressão em âmbito internacional.

Implicações do caso para a relação Brasil-EUA

A disputa judicial pode ter repercussões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto o governo brasileiro defende as decisões de Alexandre de Moraes como medidas necessárias para combater a desinformação e discursos de ódio, as empresas norte-americanas alegam que tais ordens violam direitos fundamentais garantidos pela Constituição dos EUA.

A decisão final da Justiça americana sobre o caso pode estabelecer novos parâmetros para a atuação de plataformas digitais estrangeiras no Brasil e em outros países que buscam impor regulação sobre conteúdo online. O resultado do processo também poderá influenciar futuras decisões judiciais em relação às plataformas digitais e sua conformidade com leis nacionais e internacionais.