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Em uma pesquisa recente, a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu um recorde de 51,4%, o maior índice desde o início da sua terceira gestão, conforme dados divulgados nesta terça-feira (11 de fevereiro de 2025) pela AtlasIntel. A pesquisa revela que, apesar de ainda manter uma base de aprovação significativa, o governo petista vem enfrentando uma crescente insatisfação popular.
A pesquisa, realizada entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2025, mostrou que 45,9% dos entrevistados aprovam a gestão de Lula, enquanto 51,4% manifestaram desaprovação. Além disso, 2,7% dos participantes não souberam ou preferiram não responder à questão. Em comparação com o levantamento anterior, realizado em dezembro de 2024, a desaprovação subiu 1,6 pontos percentuais, evidenciando uma tendência de crescente rejeição à administração.
A insatisfação, que já vinha se consolidando desde abril de 2024, quando 43,4% dos brasileiros consideravam a gestão negativa, alcançou novos patamares em janeiro de 2025. A pesquisa aponta que, no quesito desempenho do governo, 46,5% dos entrevistados classificaram a administração como "ruim" ou "péssima", um reflexo direto da insatisfação crescente com a atual gestão. Em contrapartida, 38,8% dos entrevistados avaliaram o governo como "ótimo" ou "bom", e 15,6% consideraram-no como "regular". Esses números ilustram um cenário dividido, com uma maioria significativa demonstrando críticas à atuação do presidente e sua equipe.
A pesquisa, que contou com a colaboração da Latam Pulse, Bloomberg e AtlasIntel, foi conduzida por meio de formulários on-line aleatórios, entrevistando um total de 3.125 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%, o que confere um grau elevado de confiabilidade aos resultados.
A pesquisa também revela um panorama mais detalhado sobre a percepção dos brasileiros em relação aos principais temas da atual gestão. A crescente insatisfação reflete a percepção de que as promessas feitas por Lula durante sua campanha não foram cumpridas ou, pelo menos, não geraram os resultados esperados pela população. Em especial, a economia e o combate à inflação são áreas que vêm gerando frustração. Muitos entrevistados destacaram a falta de medidas concretas para melhorar a qualidade de vida da população e a sensação de que o governo não tem conseguido controlar a alta dos preços e a instabilidade econômica que afeta o país.
Além disso, questões como a falta de investimentos em infraestrutura e a percepção de uma administração cada vez mais voltada para interesses partidários em vez de governar para o bem de toda a população também são apontadas como fatores determinantes para a crescente rejeição. Muitos brasileiros expressaram a sensação de que o governo de Lula não está priorizando as necessidades mais urgentes da população e que as políticas adotadas não têm gerado os resultados desejados.
O estudo também revela uma acentuada divisão entre os diversos grupos sociais e regiões do Brasil. Enquanto algumas regiões ainda demonstram um apoio considerável ao governo, especialmente no Norte e Nordeste, outras, como o Sul e Sudeste, apresentam índices de desaprovação muito mais elevados. Isso indica que a polarização política continua a ser um fator importante na percepção dos brasileiros sobre o governo, refletindo as profundas divisões existentes no país desde as últimas eleições.
A pesquisa ainda aponta que a rejeição ao governo de Lula é um fator relevante na preparação para as eleições municipais de 2026, com muitos observadores políticos sugerindo que o cenário atual pode ter implicações significativas para os candidatos ligados ao presidente. Em um contexto político cada vez mais turbulento, as dificuldades de Lula em manter a popularidade e a estabilidade de sua gestão podem ter um impacto direto nas eleições que se aproximam.
Em síntese, a pesquisa divulgada pela AtlasIntel representa um novo marco na avaliação da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta um aumento constante na desaprovação, alcançando o maior índice de rejeição até o momento. O governo parece estar diante de um cenário desafiador, com críticas crescentes de diversos setores da sociedade, e a tendência é que esse quadro de insatisfação se intensifique, a menos que mudanças significativas sejam feitas nas políticas adotadas pelo presidente e sua equipe.