As peças do tabuleiro estão se movendo
Algo grande está se desenhando nos bastidores da política internacional. A recente decisão de Donald Trump de classificar organizações do narcotráfico como grupos terroristas pode ser o estopim para um confronto direto com o governo Lula. Os sinais dessa colisão iminente estão espalhados pelos acontecimentos dos últimos anos, e agora, o cenário começa a ficar mais claro.
Os desdobramentos dessa medida vão muito além das fronteiras dos Estados Unidos e podem atingir em cheio o Brasil. Afinal, uma mudança dessa magnitude afeta diretamente estruturas que, há décadas, se fortaleceram no submundo da política e do crime.
Uma conexão perigosa com raízes profundas
Para entender a gravidade da situação, é preciso voltar no tempo. Desde os anos 1970, o entrelaçamento entre facções criminosas e grupos políticos radicais tem sido uma realidade silenciosa. O Brasil testemunhou a formação de organizações que misturavam ideologia revolucionária com métodos do crime organizado.
Presos políticos treinados em Cuba, influenciados por figuras como Carlos Marighella e Carlos Lamarca, acabaram dividindo espaço com criminosos comuns nas prisões brasileiras. Deste convívio, nasceram redes de narcotráfico altamente organizadas, como o PCC e o Comando Vermelho, que foram além das fronteiras nacionais, mantendo ligações com grupos como as FARC.
O tráfico internacional tornou-se, então, uma ferramenta não apenas de enriquecimento ilícito, mas também de financiamento de projetos políticos e revolucionários. E agora, com a possível volta de Trump ao poder, essa estrutura pode estar prestes a ruir.
Trump joga a primeira peça no tabuleiro
Não é de hoje que Trump enxerga o tráfico internacional como uma ameaça direta aos Estados Unidos. Durante seu primeiro mandato, ele endureceu as políticas de combate às drogas e, agora, pretende ir além, elevando o status dos grandes cartéis ao mesmo patamar de organizações terroristas.
Essa estratégia pode representar um golpe duríssimo para regimes de esquerda na América Latina, que mantêm relações obscuras com esses grupos. Nicolás Maduro, por exemplo, é apontado como um dos chefes do Cartel de los Soles, uma organização criminosa que opera a rota do narcotráfico entre Colômbia, Bolívia, Venezuela e Cuba.
A ligação entre esses cartéis e governos da esquerda latino-americana nunca foi segredo, mas, até agora, não havia uma ação direta para desmantelar essa estrutura. Trump pode estar prestes a mudar esse jogo, e Lula, que tem se posicionado como aliado desses regimes, pode ser diretamente impactado.
O Brasil no olho do furacão
O governo Lula, que tem adotado políticas de desencarceramento e descriminalização das drogas, pode estar prestes a enfrentar consequências internacionais inesperadas. A decisão do STF de iniciar esse processo por meio de uma canetada já havia levantado suspeitas, mas agora, sob a perspectiva de um novo governo Trump, essa escolha pode se tornar um verdadeiro problema diplomático.
Além disso, a política de segurança pública de Lula tem sido alvo de críticas, principalmente pela proibição de operações policiais em comunidades dominadas pelo tráfico. Recentemente, o escândalo do CPX na última campanha eleitoral mostrou o quão próximas estão algumas figuras do governo com esses grupos.
Se Trump realmente seguir com seu plano, a pressão sobre o Brasil pode ser gigantesca. O país será forçado a escolher um lado: manter suas alianças atuais e correr o risco de sanções pesadas ou romper com essas conexões e mudar completamente sua abordagem sobre o narcotráfico.
O destino do Brasil está traçado?
Diante desse cenário, o Brasil caminha para uma encruzilhada perigosa. De um lado, o governo Lula parece inclinado a seguir um modelo semelhante ao da Venezuela, onde a aliança entre o Estado e o tráfico se consolidou ao longo dos anos. De outro, a possível reeleição de Trump pode representar um choque de realidade brutal, desmontando essa rede e obrigando o país a uma reformulação drástica.
A história mostra que momentos como esse definem o futuro de uma nação. Se o Brasil resistir às investidas externas e continuar com sua atual política, pode acabar isolado no cenário internacional e aprofundar ainda mais sua crise econômica e social. Se ceder à pressão, enfrentará desafios internos gigantescos, pois terá que lidar com grupos que se fortaleceram ao longo das décadas e que não cederão facilmente.
O choque final se aproxima
A situação já está em ebulição, mas a verdadeira tempestade ainda não chegou. Nos próximos meses, os desdobramentos dessa nova política de Trump podem redesenhar completamente o mapa de influência na América Latina.
O Brasil está à beira do abismo, e algo grande se aproxima. Será que veremos um endurecimento das políticas de combate ao crime, ou a resistência será tão grande que arrastará o país para um cenário ainda mais sombrio?