A atriz Bella Campos, atualmente no ar como a polêmica Maria de Fátima na nova versão de Vale Tudo, vem enfrentando fortes críticas desde sua estreia na trama. A personagem, imortalizada por Gloria Pires na versão original de 1988, exige intensidade, complexidade emocional e muita presença de cena — algo que, segundo alguns críticos, ainda não foi entregue por Bella.
Entre os comentários mais duros, está o da jornalista Anna Luiza Santiago, colunista responsável pela seção Play do jornal O Globo, que não poupou palavras ao avaliar a performance da atriz.
Avaliação negativa no jornal O Globo
Durante sua crítica publicada na tradicional coluna, Anna Luiza atribuiu nota zero à atuação de Bella Campos, chamando atenção não apenas para a execução da personagem, mas para a abordagem geral do remake. Segundo a jornalista, o desempenho da jovem atriz tem sido marcado por oscilações e falta de consistência, o que acaba comprometendo a força dramática da personagem.
“O desempenho de Bella Campos como Maria de Fátima em Vale Tudo apresenta muitas oscilações. O resultado final é inconsistente. Trata-se de um papel central na história, que exige muito mais entrega e profundidade. Outro ponto é que a personagem, agora, virou uma periguete no remake”, escreveu a jornalista em sua coluna.
A responsabilidade de dar vida a um ícone
Interpretar Maria de Fátima, uma das vilãs mais marcantes da teledramaturgia brasileira, é uma tarefa desafiadora. Na versão original, a personagem era movida pela ambição desmedida e pela falta de escrúpulos, características que conquistaram o público pela complexidade e realismo. A atuação de Gloria Pires foi tão impactante que até hoje é lembrada como um divisor de águas em sua carreira.
Nesse contexto, Bella Campos, que despontou recentemente em novelas como Pantanal, se vê diante de uma enorme responsabilidade: reinterpretar um papel consagrado, mas com roupagem atual. A tentativa de dar um novo tom à personagem, no entanto, parece não estar agradando parte da crítica especializada.
Remake atualiza, mas divide opiniões
O remake de Vale Tudo surgiu com a proposta de atualizar temas, modernizar diálogos e adaptar a narrativa para o público atual. No entanto, algumas escolhas criativas estão sendo questionadas, como a nova abordagem de Maria de Fátima. No original, ela era ambiciosa e manipuladora, mas sua personalidade seguia uma lógica clara e bem construída. Já na nova versão, a personagem ganhou um ar mais vulgar e superficial, o que, para alguns críticos, empobreceu a trama.
A jornalista do O Globo chamou atenção justamente para essa transformação, ao afirmar que a personagem se tornou uma “periguete”, termo que carrega um peso pejorativo e indica uma mudança considerável no estilo da figura central da novela.
Fãs divididos nas redes sociais
Enquanto os críticos fazem suas análises, o público também tem se manifestado. Nas redes sociais, a opinião dos fãs se divide: alguns defendem Bella Campos, destacando seu esforço e elogiando cenas específicas; outros concordam com a crítica e pedem uma abordagem mais sólida da personagem.
Há quem diga que a atriz ainda está “encontrando o tom” certo para Maria de Fátima, e que é natural haver oscilações nos primeiros capítulos. Outros, porém, acreditam que a escalação foi um erro desde o início, alegando que Bella não tem o perfil necessário para sustentar uma vilã tão complexa.
Bella Campos e sua trajetória
Bella Campos ficou conhecida nacionalmente após sua atuação como Muda no remake de Pantanal, papel que lhe garantiu visibilidade e abriu portas para novos projetos. Jovem, carismática e com forte presença nas redes sociais, a atriz representa uma nova geração da teledramaturgia brasileira.
Entretanto, sua escolha para viver Maria de Fátima dividiu opiniões desde o anúncio oficial. Muitos enxergaram na decisão da emissora uma tentativa de rejuvenescimento forçado da personagem, o que poderia impactar diretamente na profundidade dramática exigida pelo papel.
A força do legado de Vale Tudo
A novela Vale Tudo, originalmente exibida pela TV Globo em 1988, é considerada um marco na teledramaturgia brasileira. Criada por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a trama discutia questões morais, corrupção, ética e ambição de forma direta e provocadora. A famosa pergunta “Vale a pena ser honesto no Brasil?” virou um símbolo da produção e permanece atual até hoje.
Por isso, qualquer tentativa de remontar essa obra-prima vem carregada de expectativas e desafios. Não se trata apenas de uma novela, mas de uma referência histórica e cultural. E, naturalmente, isso recai sobre os ombros de quem assume papéis centrais, como é o caso de Bella Campos.
Reações futuras e evolução da personagem
Apesar das críticas iniciais, é comum que atores amadureçam seus papéis ao longo dos capítulos. É possível que Bella Campos encontre, com o tempo, um equilíbrio maior em sua interpretação e conquiste até os críticos mais exigentes. Afinal, a trajetória de Maria de Fátima ainda está apenas começando no remake, e o roteiro pode trazer reviravoltas que valorizem a atriz.
Por ora, o julgamento permanece dividido entre a expectativa e a realidade. Cabe à direção, ao roteiro e à própria atriz buscar uma sintonia que convença o público e faça justiça à personagem icônica que marcou gerações.
